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Mas por quê o Linux, Marcelo?

“Que horror! Nada funciona! Muito complicado! Tudo diferente!”

Quem já teve oportunidade de tentar catequizar uma equipe de trabalho na utilização do sistema operacional desenvolvido por Linus Torvalds está mais que acostumado a lidar com estas expressões. A resistência ao novo é a regra – sempre será. A coisa se agrava ainda mais em ambientes corporativos onde as pessoas já estão mecânicabituadas (neologismo livre) a uma rotina imutável de procedimentos.

Mas há que se compreender a resistência. Muito do que as pessoas sabem, ou pensam saber, sobre o Linux remonta a interfaces complicadas e nada intuitivas, totalmente diferentes do modus operandi windowsniano de se utilizar o computador. Uma das maiores bolas foras, que a comunidade Linux deu no passado, foi promover uma “guerra” de Interfaces numa tentativa de sobrepor o viés da Apple sobre como deveriam se comportar as janelinhas. O tio Bill, só copiou, e como quem tem marketing escreve a história…

Hoje? Não. A comunidade Linux adotou uma postura menos contundente. Como se diz: se não pode vencê-los…

A interface da maioria das distribuições Linux é muito similar ao bom e velho jeitinho Windows de ser. Com isto, o usuário vai aos poucos perdendo a antipatia do monstrinho, e vai aos poucos achando o pinguim cada vez mais bonitinho. Além disto, o milagre da engenharia reversa possibilitou o CTRL+C/CTRL+V do grande filão de mercado da Microsoft. O OpenOffice, pacote de escritório de código aberto mais aceito pela comunidade Linux, a cada versão traz melhorias e resolve problemas de compatibilidade com sua nêmesis capitalista: o Microsoft Office. Ele vem ganhando credibilidade ao passo que torna-se uma aplicação robusta e confiável. Sem falar que é de graça, e, graças a Deus, até agora manteve-se longe da interface ridícula do Microsoft Office 2007, mantendo o clássico padrão das versões anteriores.

Outro ponto a se salientar é que se antigamente havia o inferno da desconfiguração de dispositivos, periféricos e etc., hoje em dia a comunidade absorve cada vez mais produtos. Seja desenvolvendo drivers colaborativamente através da Internet, seja simplesmente disponibilizando soluções fornecidas diretamente pelos fabricantes – apesar da resistência de alguns em migrar para o paradigma Open Source.

As distribuições vem ganhando layout profissional e o modelo de mercado das empresas que apostam no Linux vem se firmando: distribuição gratuita em larga escala para toda comunidade com as contas pagas através de: soluções corporativamente customizadas; suporte e treinamento especializados; e, até mesmo, promovendo suas marcas através de lojas de conveniência especializadas em cativar aqueles que literalmente vestem a camisa do Linux.

Mas, há solução ainda mesmo para quem é cético de carteirinha e acha que não vale o trabalho de formatar seu PC para conferir em que pé estão os avanços do Linux. Um amigo nerd, um pen-drive ou um CD. É tudo que se precisa para ter acesso a uma distribuição Live, que roda no seu computador, sem instalar nadinha na máquina. Deixando intactos todos seus spywares, virus e malwares favoritos no Windows. Diga-se de passagem: a maioria das distribuições Live CDs está tão completa que você chega a se perguntar se aquilo tudo cabe mesmo em um único CD.

Ah… no parágrafo anterior eu mencionei os virus. Já ia passar batido por isto. Virus e Linux são coisas que não combinam muito bem. Os virus mais perigosos para Linux não passam de experiências acadêmicas desenvolvidas exatamente com o propósito de provar (por absurdo) a segurança do sistema operacional, que só rodam em condições pré-determinadas e distantes da realidade do usuário comum. Linux não pega virus! Se você não consegue entender porquê seu administrador de redes adora o Linux, releia a frase negritada.

Por quê deste post? Cansei de me repetir e me justificar sobre os benefícios do Linux (eu já falei que ele é de gratis?). De hoje em diante, não perco mais tempo, mando apenas o permalink

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